Instituto Superior Técnico

Conselho Pedagógico

Como adequar a formação actual no IST aos desafios do século XXI?

15 de julho, 2019

Diferencial

Autoria: Diana Oliveira

Artigo em: https://diferencial.tecnico.ulisboa.pt/tecnico/mepp-2122/


Em Janeiro de 2018, o presidente do Instituto Superior Técnico, o Professor Arlindo Oliveira, deu início à CAMEPP, Comissão de Análise ao Modelo de Ensino e Práticas Pedagógicas, com o intuito de fazer um estudo sobre as ditas práticas, dentro e fora das portas da instituição, a nível nacional e internacional. Tornou-se incontornável a crítica e observação exteriores de que um típico aluno do IST podia concluir o curso com um indubitável conhecimento na área da engenharia, mas não muito mais para além dela, não enquanto “cidadão do mundo”. O relatório que resultou deste estudo e que propõe um novo modelo de ensino está disponível[1] para leitura desde Setembro de 2018, momento a partir do qual se iniciaram três processos de iteração entre a CAMEPP e todos os envolventes, professores e alunos, estando a versão mais actual e revista também disponível, no site do Conselho Pedagógico (CP)[2].

Foi, portanto, nestas linhas que, no passado dia 1 de Julho, o Diferencial aceitou o convite da Comissão Executiva do CP e esteve presente na Sessão de Esclarecimento sobre o Novo Modelo de Ensino a ser implementado nesta escola, o MEPP 2122. Às 14h30 de uma segunda-feira, em plena época de exames, a apatia por parte do corpo de alunos era menor que a aguardada e entregou inesperadamente um anfiteatro cheio de curiosos e intervenientes, prontos para perceber como a mudança os afectaria, a eles e aos outros. A sessão focou-se, em particular, no PERCIST, os Princípios Enquadradores para a Reestruturação dos Cursos de 1º e 2º ciclo do IST 2122 (um documento também disponível no site da instituição[2]) e nas suas 12 ideias-chave, unidas pelo seguinte lema: manter do nível de qualidade de ensino pelo qual o IST é reconhecido, aumentando a flexibilidade e reconhecimento dos diversos percursos académicos. De forma muito sucinta, não só se pretende intensificar a componente prática do ensino em prol da teórica, como se pretende o desenvolvimento de soft skills, a integração de cadeiras opcionais nas áreas das Humanidades, Artes e Ciências Sociais (HASS) e o melhoramento das condições de ensino, quer a nível de infraestruturas quer de recursos, como em relação à Secretaria.

Daqui partiu-se para o calendário escolar que acompanhará toda esta mudança. Se o actual divide o seu tempo em, a nível semestral, 14 semanas de aulas, 1 semana de preparação para exames, 3 semanas de 1ª fase de exames, e depois, outra vez, uma de preparação e outra de exames de 2ª fase, o calendário vindouro divide o seu tempo em 7 semanas de aulas, 1 semana de estudo, preparação ou discussão de projectos, 1 semana de exames, e, outra vez,  7 semanas de aulas, uma de estudo/preparação/discussão, uma de exames, outra de preparação e, finalmente, outra de exames. De sublinhar que o objectivo principal é fortalecer a avaliação contínua e enfraquecer a avaliação pontual e cronologicamente final dos exames, sendo também nesse sentido que se inserem os dois novos tipos de Unidades Curriculares: UCs a funcionar em períodos de 7 semanas e UCs a funcionar em períodos de 14, havendo algumas conjugações previstas com os dois tipos para os semestres. Esta proposta de calendarização mexe, inevitavelmente, com o sistema de créditos actual, propondo-se invés um sistema de múltiplos de 3 créditos na creditação de UCs, algo que pode ser lido em maior pormenor na documentação já mencionada.

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Como adequar a formação actual no IST aos desafios do século XXI?

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